O ano de 2015 começou trazendo muitas mudanças, positivas ou não,
mudanças que precisavam vir. Entre elas
meu compromisso, comigo mesma e com todos vocês que leem o que aqui
escrevo, de escrever periodicamente. E para começar o ano escolhi um produto
muito usado na culinária goiana, a Taioba. Vocês conhecem taioba?
Verdura de folhas enormes, também muito consumida em Minas e as pessoas falam
com saudade das suas qualidades e as receitas que as mães faziam. Originária da América Central a taioba é largamente
cultivada nas regiões tropicais e subtropicais.
É uma planta que produz
folhas comestíveis gostosas, rica em nutrientes e muito fácil de ser produzida,
especialmente no verão. Seu sabor é parecido com o espinafre, sendo mais suave.
Suas folhas são muito ricas em vitaminas
e minerais como cálcio, fósforo,
ferro a tal ponto que evita e cura a anemia. Possui apenas 24 calorias por 100
gramas.
Pode ser preparada refogada como a couve com alho e/ou
cebola e existem várias receitas de bolinhos, recheios para pizzas, enriquece
sopas e feijão e serve como ingrediente para uma vitamina verde.
Extraída da raiz a fécula da taioba possui
85% de amido, sendo uma boa opção de alimento energético. Em sua composição, encontramos cálcio, fósforo, ferro,
proteínas, uma grande quantidade de vitamina A, vitaminas B1, B2 e C. Tanto o
talo quanto as folhas apresentam os mesmos elementos, apenas em proporções
diferentes. Nas folhas, encontramos mais ferro e mais vitamina A . O valor energético
para cada 100g de talo é de 24 calorias, enquanto que, nas folhas, temos 31
calorias para as mesmas 100g. Combate a
prisão de ventre: cada 100 g do alimento fornece 4,5 g de fibra, sendo 25 g a
dose diária recomendada. Outra
aplicação prática para esta planta é como repelente para mosquitos e insetos em
geral. Após ser cozida, ela exala uma substância que mantém os insetos
afastados.
Uma pesquisa da
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) evidenciou que a versão orgânica
dessa verdura é ainda mais rica no nutriente. Segundo crença popular, existiria uma variedade de taioba que seria
venenosa. Esta afirmação, no entanto, é errônea pois não há tal variedade. A
taioba é uma planta totalmente comestível, seu aproveitamento é maior do que o
do inhame. Podemos ingerir o tubérculo, as folhas e as hastes.
No Brasil, principalmente nos estados de Mina Gerais,
Bahia, Rio de Janeiro e Espírito Santo, aprecia-se muito o consumo de folhas de
taioba. Elas que podem ser preparadas de variadas maneiras, desde cruas em
saladas, como também refogadas e como ingredientes de receitas exóticas, estão
se tornando cada vez mais conhecidas e presente na alimentação dos brasileiros,
tanto por serem nutritivas, como também pelos seus poderes medicinais
O movimento ‘’Slow food Brasil’’ - movimento contra o
Fast food (comida rápida) - descobriu a Taioba e está preocupado com a extinção
da planta nos quintais e feiras do Brasil. Tem um artigo publicado no site
deles (http://www.slowfoodbrasil.com): ‘’ A Taioba anda sumindo da mesa
brasileira’’.
O artigo tem comentários de pessoas apoiando sua
preservação, dando receitas e contando lembranças do passado quando a planta
ainda era comum. Esta planta salvou a saúde de muitas famílias pobres.
O movimento Slow food trabalha no mundo
para preservar alimentos que tem sabor agradável, sem produtos químicos que
fazem mal para a saúde e ao meio ambiente, numa relação comercial socialmente
justo , existe em 30 países, com 100.000 associados.
Bem com tantos fatores positivos vamos a
dica de receitas. Eu não comia taioba por puro preconceito e falta de
conhecimento, mas outro dia fui levar meu abraço de feliz 2015 para minha amiga
Zenilda Aaraújo e eis que ela me serviu língua com taioba, eu adorei tanto que
resolve escrever a respeito desta verdura. Para vocês não ficarem morrendo de
vontade de comer e não saber fazer eu gravei um vídeo onde ela explica
direitinho a receita.
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Vou deixar mais duas receitas que são bem fáceis
de fazer: