sábado, 31 de dezembro de 2011

Flores comestíveis


Depois de muito tempo, retomo meu compromisso com esse blog e comigo mesma. Devo confessar, meu afastamento foi por pura desmotivação pessoal, depressão mesmo. Agora resolvi  e vou levar adiante essa minha proposta. E nada melhor como o último dia do ano para retomar sonhos antigos que ficaram esquecidos, e começar com um assunto colorido e saboroso.
Hoje fui surpreendida em casa por duas vizinhas do meu condomínio que eu nem conhecia. Bateram à minha porta por causa das flores no meu jardim. Elas eram as responsáveis pelo arranjo de flores na Igreja Santa Clara, aqui da paróquia do Jardim Botânico, bairro de Brasília. Fizeram o arranjo para o Natal e hoje véspera de Ano Novo o arranjo estava feio, viram minhas flores e, vieram pedi-las para refazerem o arranjo para a missa de hoje.
Foi  nesse instante que me dei conta da importância das flores e me veio a vontade de desejar a todos nesse 31 de dezembro que o próximo ano, 2012, seja repleto de flores na nossa vida, quer no nosso coração, quer na nossa alma, e muito mais ainda na nossa mesa.

Historicamente as citações sobre flores comestíveis datam antes mesmo de Cristo. No livro Entre o Jardim e a Horta, de Gil Felippe (editora Senac São Paulo), uma das obras mais completas sobre o assunto em português, o autor fala sobre as maravilhas da alcachofra, principalmente sobre o fato de ser afrodisíaca – diz-se que era o prato favorito de Cleópatra e Marco Antônio, três décadas antes de Jesus nascer. Mas o autor vai além e separa as flores comestíveis em quatro categorias: as que se consomem todos os dias, as que se consomem, mas não todos os dias; as que se consomem como ervas aromáticas; e as que se consomem como decoração. Informações preciosas organizadas pelo conhecido botânico e apreciador das delícias da mesa.
Já na antiguidade, o uso das flores na culinária era do conhecimento de alguns povos, como por exemplo,  a althaea officialis, da família das malvácias, conhecida pelos ingleses como marshmallow. Suas flores cor- de- rosa eram utilizadas em saladas, e, da mucilagem das raízes faziam-se doces. Além de servirem como alimento eram também utilizadas pelo seu valor medicinal laxativo.

Saborosas e bonitas, as flores são naturalmente delicadas e sua utilização na culinária vai de pratos doces a salgados, passando pela utilização como matéria-prima para geléias. Algumas possuem certo amargor, mas muitos chefs são unânimes ao lembrar que acima de tudo as pessoas comem com os olhos, o que torna as flores ainda mais apetitosas. Além de realçar a aparência dos pratos, elas podem ser misturadas a legumes ou hortaliças e têm a grande vantagem de possuir naturalmente textura, cor, sabor e perfume. Não se tem dados certos sobre o valor nutricional das flores, mas como elas têm muito néctar e pólen, são ótimas fontes de vitaminas e minerais. Vale lembrar que pelo fato de serem extremamente sensíveis as pétalas não suportam grandes alterações climáticas, então não são indicadas para acompanhar receitas que vão ao forno ou possuem ingredientes gelados.

As flores comestíveis têm proteínas, vitaminas A, B, C, E, aminoácidos, gordura, amido e muitos minerais importantes para uma alimentação saudável e completa.Muitas servem tanto na alta culinária para tornar mais belos e atraentes nossos pratos como na medicina popular como tratamento para diversas moléstias como a ansiedade e a insônia. As flores comestíveis podem ser usadas para:
·            Decorar saladas com flores;
·            Decorar pratos com flores;
·            Repelir Insectos (Crisantemo);
·            Fazer Saladas de flores;
·            As pétalas de certas flores podem ser tomadas como calmantes ou até antidepressivos, e sem os efeitos colaterais que trazem os fármacos químicos.

A maneira mais fácil de usar as flores é espalhá-lhas nas saladas. Mas elas podem entrar na composição de sopas, pudins e sobremesas. As de alfazema e de rosas misturadas com açúcar aromatizam biscoitos e bolachas. Porém, é preciso muito cuidado na escolha das flores, porque muitas delas são venenosas ou tóxicas. Por isso, elas devem ser cultivadas pela própria pessoa ou adquiridas de produtores que se dedicam ao cultivo orgânico, e não no comércio de floricultura, pois estas flores possuem agrotóxico e adubo.

E para deixar o gostinho de quero mais pra o próximo post, onde falarei, uma a uma, das flores que podem fazer parte das nossa refeições, fica a dica de uma salada de flores para comemorar o novo ano que se inicia.

Salada de flores  

Ingredientes:   
Para o vinagrete:
- 4 colheres de sopa de azeite
- 3 colheres de sopa de vinagre branco de boa qualidade
- 6 gotas de limão
- 1 colher (cafezinho) de sal
- pimenta-do-reino (opcional)   
Para a salada:
- 16 unidades de borago
- 16 unidades de camomila
- 12 unidades de capuzin
- 1 pé de alface Lollo Rossa
- 24 unidades de machê
- 16 ramos de mini rúcula
- 1 pé de frisèe com miolo branco
- 24 folhas de miniagrião   

Modo de preparo:   Coloque numa tigela o vinagre, sal e pimenta-do-reino, de preferência moída na hora. Com o auxílio de um garfo, misture bem os ingredientes e, sem parar de bater, pingue o azeite. Se, ao final, não estiver um creme homogêneo, coloque uma colherinha de água e bata mais um pouco. Coloque numa tigela o vinagre, sal e pimenta-do-reino, de preferência moída na hora. Só tempere a salada na hora de servir.

Bom apetite e Feliz Ano Novo, com muitas flores é claro!!!!

Fontes:
Revista TopView
 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As novidades da volta das férias

Amigos, depois de merecidas férias, volto para retomar minha caminhada. Estou com muita coisa para escrever e contar. Tem a Festa do Botecão com os vencedores da Roda de Boteco. Tem minha viagem para Tabatinga e Letícia. E também a minha viagem ao Peru, a Mistura (feira gastronômica) e várias outras coisas que vi e aprendi por lá.
Esperem. Aos poucos vou colocando tudo em dia.
Para não esperarem muito, ai vai uma pequena amostra fotográfica:
Ceviche do Hotel La Hacienda (Lima-Peru)



Jesus (barmen do La Hacienda) e seu drink Machupichu.


Para quem não conhece este é o Cui ao Forno, típico prato peruano.


Um abraço e obrigada pela espera. Já já eu conto tudo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Festa do Botecão encerra a 2ª Roda de Boteco de Brasília


Termina neste sábado, 03 de setembro,  a 2° edição do Roda de Boteco de Brasília. Desde 12 de agosto os botequeiros de 37 bares  de Brasília  movimentaram a cidade com os seus novos petiscos. Amanhã, 03 de setembro,  será a vez de se conhecer os vencedores deste evento que objetiva estimular a gastronomia de boteco e resgatar a boemia.
O concurso elegeu as categorias Melhor Bar, Melhor Boteco e Melhor Atendimento, escolhidos por voto popular. Para participar era preciso consumir o petisco inscrito e solicitar a cédula de votação no estabelecimento. O cliente tinha quer  preencher os dados pessoais e dar notas de 0 a 10 para o estabelecimento, considerando o petisco, a qualidade do atendimento, o serviço de bebidas e a higiene do local. Fora 37 bares e botecos inscritos, com petiscos que variam entre R$ 15 e R$ 30.

A festa,  o Botecão, começa às 19h, e será no Autódromo Internacional der Brasília com os shows de Leci Brandão, Henrique e Ruan e atrações locais. Cada categoria terá três ganhadores, concorrendo aos prêmios de R$ 1 mil para o primeiro lugar, R$ 700 para o segundo e R$ 500 para o terceiro colocado. Na categoria Melhor Atendimento, os garçons.
Em Vitória, o Roda de Boteco está realizou este ano sua sétima edição. Houve um considerável aumento no volume de pessoas, principalmente de novos clientes, que chegaram a atingir 60%, segundo dados do Sebrae do Espírito Santo.
Quem pensa que como é para escolher, bar, petisco, atendimento, o voto não é sério., está muito enganado. Uma das recomendações dos organizadores é que o consumidor sigas as normas do evento: experimentar o prato para votar. O cliente também  tinha que observar  a qualidade do atendimento como todo, desde o serviço de bebidas até a higiene do local. Após pedir o prato inscrito no festival, solicitava sua cédula de votação, que devia ser colocada, pelo cliente, diretamente na urna, sem passar de volta para a mão do garçom. Tudo isso é para garantir a transparência dos votos e a segurança do concurso.
O festival é realizado pela Ecos Eventos, com o apoio do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) e também acontece nas cidades de Vitória (ES), Colatina (ES), e Recife (PE).
Como amostra do que o consumidor brasiliense teve oportunidade de saborear os petiços do Enchendo Lingüiça e do Divina Tribo:

Chapa Quente (Enchendo linguiça)


Lingüiça de pernil condimentada com pimenta verde,
 acompanhada de anéis de cebola empanada e molho barbecue, servida na chapa quente.

Galinha nas Coxas (Divina Tribo)
Deliciosa galinhada dentro da coxa, acompanhada de creme de milho,
 molho da casca de pequi e lascas de pequi refogado no alho.

Outras informações no site http://www.rodadeboteco.com.br/
FONTE: Assessoria de Imprensa do Roda de Boteco
Fotos: Gustavo Gracindo

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Os queijos e suas combinações



Os cadernos de gastronomia desta semana dos dois maiores jornais de São Paulo (Folha e Estado) Comida e Paladar, respectivamente, trazem o queijo como assunto principal. O Comida, tem como matéria de capa os queijos de cabra, relatando a produção feita em uma chácara no rio com base na técnica francesa.  O Paladar, por sua vez explora o divórcio do queijo com os vinhos e o novo casamento com as cervejas.

Eu já estava pesquisando sobre queijos para um trabalho da Faculdade e como o assunto gastronômico da semana é o quejio resolvi compartilhar os resultados da pesquisa aqui no blog. Pra começar vamos entender o que vem a ser o queijo e como ele surgiu.

Entende-se por queijo o produto fresco ou maturado que se obtém por separação parcial do soro do leite ou leite reconstituído (integral, parcial ou totalmente desnatado), ou de soros lácteos, coagulados pela ação física do coalho, de enzimas especificas, de bactéria específica, de ácido orgânicos, isolados ou combinados, todos de qualidade apta para uso alimentar, com ou sem agregação de substâncias alimentícias e/ou especiarias e/ou condimentos, aditivos especificamente indicados, substâncias aromatizantes e matérias corantes.

 A arte da fabricação de queijos tem seu início há 12 mil anos antes do nascimento de Cristo, num período conhecido como paleolítico superior. Segundo a lenda, o queijo teria sido descoberto por um dos filhos de Apolo, Aristeu, Rei da Arcádia.


 O queijo primitivo era apenas o leite coagulado, desprovido de soro e salgado. A partir da Idade Média, a fabricação de queijos finos ficaria restrita aos mosteiros católicos, com novas receitas desenvolvidas por seus monges. A técnica de produção queijeira modernizou-se no decorrer do tempo. Utilizam-se, em alguns queijos, esporos de fungos n' água e adicionados ao leite.
Os egípcios estão entre os primeiros povos que cuidaram do gado e tiveram, no leite e no queijo, fonte importante de alimentação, graças as imensas pastagens de gado no vale do Nilo.
Na Europa, os gregos foram os primeiros a adotá-lo em seus cardápios, feito exclusivamente com leite de cabras e de ovelhas, animais que criavam. Entretanto, os romanos foram os responsáveis pela maior divulgação dos queijos pelo mundo. Na expansão de seu Império eles levaram vários tipos à Roma. Elevaram o nível do queijo, transformando-o de simples alimento para uma iguaria indispensável nas refeições dos nobres e em grandes banquetes imperiais. Os romanos apreciavam o queijo, do qual fabricavam inúmeras variedades e cujas virtudes conheciam, pois utilizavam-no na alimentação dos soldados e atletas.


Os queijos podem ser classificados de acordo com o tipo de leite, a textura, o grau de maturação e a intensidade de seu sabor e aroma. A classificação mais comum é de acordo com a textura (queijos duros e semiduros, macios, frescos, etc). A consistência dos chamados queijos duros varia de lisa e fácil de cortar até a áspera e granulada.

Para um gastrônomo é muito importante conhecer os tipos de  queijos e para aproveitar todo o seu sabor é importante alguns cuidados na compra, na manipulação e no armazenamento, mas o principal cuidado é conhecer cada um deles. E para conhecer é preciso experimentar.  Queijos para ralar e para enriquecer seus pratos, qualquer que seja o tipo de queijo, a matéria-prima é uma só: o leite (que pode ser de vaca, de ovelha, de cabra e de búfala).

As condições climáticas e geológicas têm influência no sabor e no estilo do queijo, já que determinam a forma como o animal é criado e alimentado. Assim, seu leite terá características específicas e irá determinar o sabor final do queijo. A quantidade de gordura do leite, integral, semi-desnatado, desnatado ou enriquecido com nata, resulta em diferentes tipos de queijo. Em alguns casos se usa o leite cru, não-pasteurizado (cada vez menos comum). A quantidade de água que se elimina no processo de produção do queijo determina a maciez, o tipo de casca e o mofo que irá se desenvolver no queijo.
Como tanto a França quanto a Itália possuem uma infinidade de queijos, vou detalhar quatro tipos de queijo de cada país.

Queijos franceses

Conhecida como um dos maiores produtores de queijos a França produz, nada mais, nada menos, do que 400 variedades, várias com certificado de origem.   No início, a produção dos queijos franceses ocorreu associada à utilização de terras de pastagem e para o desenvolvimento econômico destas áreas. Mas em função da maior disponibilidade de pastos em determinadas regiões, a indústria do queijo floresceu com maior intensidade. As principais áreas especializadas em sua produção estão hoje nas montanhas ou em suas proximidades, como Ródano-Alpes, Auvérnia e Jura, além de outras com produção expressiva de leite bovino, como a Bretanha.

Queijo Roquefort


O Roquefort é um queijo do sul da França de sabor forte feito de leite de ovelha. O Roquefort é branco, esfarelento e levemente úmido, com veios característico de matriz azul. Esse queijo tem odor forte e sabor característico notável do ácido butírico. Roquefort não tem casca, e seu exterior é comestível e levemente salgado.
É produzido com leite de ovelha não-pasteurizado ao qual é adicionado o mofo penicillium roqueforti. A umidade e a quantidade de ar no local de maturação, necessárias para que o mofo se desenvolva no queijo, são rigorosamente controladas. Originário da região de Rouergue, França, tem forma cilíndrica e pesa de 2 kg a 3 kg. A casca é pegajosa de cor marfim bem clara e a textura é macia, com um aroma característico e sabor que pode ser mais ou menos picante de acordo com o grau de maturação. Em 1925 foi o primeiro queijo a ter  o certificado de origem controlada (AOC). É branco, com veios de fungo esverdeado/azulado (Penicillium roqueforti) e o Gorgonzola italiano é seu similar. Normalmente é produzido em peças pesando entre 2 e 3 kg e com 10 cm de espessura.
Como usar: Queijo de mesa, pode ser servido com pão ou acompanhado de nozes e frutas secas. Fica gostoso em saladas com verduras, como radicchio e endívia.

Queijo Camembert



Um dos mais famosos queijos de França é o Camembert, o Camembert é um queijo macio e cremoso. Seu nome vem da vila de Camembert. Quando fresco, o Camembert tende ser esfarelento e é relativamente duro, porém caracteristicamente amadurece e fica com sabor forte quando envelhece.  Originário da região da Normandia, é produzido com leite cru de vaca. Em outras regiões pode ser feito também com leite pasteurizado. O formato é arredondado e pode pesar até 250 g. A casca apresenta uma crosta branca de bolor, que deve ser fina. À medida que o queijo matura, a casca ganha pigmentos coloridos (vermelhos, caramelo e amarelos) e o sabor e o aroma se intensificam. Tem textura macia muito agradável, aroma e sabor delicados e característicos. O original da Normandia apresenta sabor mais picante.
Como usar: Somente como queijo de mesa. Sirva com pães diversos.

Queijo Brie

O Brie tem origem no século VIII, é um queijo redondo macio feito de leite de vaca. Seu nome vêm da província da França chamada Brie, da qual é originário. O Brie tem cor pálida, é bem macio e com sabor forte.  Originário de Ile-de-France é elaborado com leite cru de vaca. As duas principais variedades, ambas com denominação de origem, são o brie de Meaux e o brie de Melun. O primeiro tem textura macia, mas firme (sem derreter) e tem aroma e sabor de cogumelos. Quando está bem curado, tem sabor forte, mas não picante. O brie de Melum tem sabor mais pronunciado e é um pouco mais salgado. Quando curado, sua textura quase derrete, o aroma é penetrante e o sabor, forte.
Como usar : Somente como queijo de mesa. Sirva acompanhado de pães diversos, incluindo o sueco.

Queijo de cabra - chèvre  

Feito com leite cru ou pasteurizado, o queijo de cabra pode ser encontrado em diversas variedades de sabor e formato. Geralmente, são produzidos apenas com leite de cabra, porém pode haver mistura com leite de vaca e de ovelha. A palavra chèvre (cabra em português) estampada na embalagem mostra que o queijo é feito somente com leite de cabra. Se for feito com 50% de leite de cabra e 50% de outro tipo de leite é chamado de mi-chèvre. A maioria dos queijos é produzida de maneira artesanal, principalmente na França, onde os queijos caseiros respondem pela maior parte da produção. O queijo de cabra pode ser classificado de acordo com a consistência da massa e o processo de cura, que irão determinar o seu aroma e o seu sabor. Algumas versões desse queijo apresentam ervas e especiarias em sua superfície.
Como usar: Pode ser consumido ao natural, mas fica ótimo amassado com um garfo e temperado com azeite de oliva e ervas frescas (salsinha, cebolinha e até hortelã) ou com especiarias (experimente com pimenta-do-reino moída, pimenta rosa ou curry). Pode ser servido como aperitivo, em saladas, sanduíches ou entrar no preparo de massas e recheios.

Queijos italianos

 Os queijos italianos são bastante populares em todo o mundo. Estima-se que a Itália produza anualmente cerca de 900 mil toneladas de queijo. Com cores, sabores e texturas diferentes, o alimento é um dos mais antigos da história - chega até a aparecer em registros bíblicos - e é uma tradição no país.  Passagens bíblicas registram o queijo como um dos alimentos da época. Na Europa, os gregos foram os primeiros a adotá-lo em seus cardápios, feito exclusivamente com leite de cabras e de ovelhas, animais que criavam. Entretanto, os romanos foram os responsáveis pela maior divulgação dos queijos pelo mundo. Na expansão de seu Império eles levaram vários tipos à Roma. Elevaram o nível do queijo, transformando-o de simples alimento para uma iguaria indispensável nas refeições dos nobres e em grandes banquetes imperiais. Os romanos apreciavam o queijo, do qual fabricavam inúmeras variedades e cujas virtudes conheciam, pois utilizavam-no na alimentação dos soldados e atletas. O queijo primitivo era apenas o leite coagulado, desprovido de soro e salgado. A partir da Idade Média, a fabricação de queijos finos ficaria restrita aos mosteiros católicos, com novas receitas desenvolvidas por seus monges. A técnica de produção queijeira modernizou-se no decorrer do tempo. Utilizam-se, em alguns queijos, esporos de fungos n' água e adicionados ao leite.


Queijo Gorgonzola


Um dos queijos mais conhecidos de Itália é o Gorgonzola. É algo azulado no seu interior, uma característica que foi implementada no século XI, apesar deste queijo já existir desde a baixa Idade Média. Durante o processo de envelhecimento, que dura entre três a quatro meses, o queijo é perfurado de modo a criar veios de ar, com os quais é possível obter os raios azuis. O queijo nasceu em Gorgonzola, uma cidade da região de Milão. Originário do norte da Itália, é produzido com leite de vaca (o tradicional, com leite cru e a versão mais moderna, com leite pasteurizado) e apresenta um alto teor de gordura. Tem forma de um tambor pesando de 6 kg a 12 kg. A textura interna tem veios de mofo que vão do cinza ao azul, obtidos pela presença da penicillium gorgonzola (ou glaucum). Os diferentes métodos de fabricação, o tipo de mofo e a quantidade de sal dão origem a uma variedade de queijos, mas os mais famosos são o gorgonzola doce, suave, e o picante, de sabor mais intenso. Os curados em grutas (na versão mais tradicional) resultam nos melhores gorgonzolas.
Como usar: Além de ser consumido ao natural, o gorgonzola pode ser usado no preparo de molhos (misturado com creme de leite) para massas, no recheio de tortas ou em pastas.


Queijo Pecorino e suas regiões

Pecorino é o nome genérico que se dá aos queijos feitos exclusivamente com queijo de ovelha. De origem italiana, tem características específicas dependendo da região e da forma como é produzido (os diferentes tamanhos dos grânulos, o tempo de maturação, o tipo de leite empregado e as misturas de leite).
Trata-se de um queijo com boa capacidade de conservação. Há o pecorino fresco, o semicurado, o doce e o pepato (com adicão de pimenta). À medida que o queijo fica mais curado, é usado para ralar. As variações mais famosas são o Pecorino Romano, o Sardo e o Toscano.

Pecorino Romano



Da região de Lazio e Sardenha, trata-se de um queijo duro produzido com leite cru de ovelha, tem a forma de um tambor pesando de 22 kg a 33 kg. A casca é dura e lisa e tem uma cor que varia com a idade do queijo, começando pelo palha, passando pelo amarelo-claro até o castanho-escuro. A textura do queijo é granulosa. Demora de 8 a 10 meses para maturar, período que desenvolve seu sabor: salgado e picante, que se torna cada vez mais robusto à medida que se torna mais maduro.


Pecorino Sardo

Da região da Sardenha, é feito com leite cru de ovelha. Menor que o romano, tem forma cilíndrica e pesa de 1 kg a 4 kg. A casca é dura e lisa e sua cor varia com a idade, começando pelo palha até o castanho-avermelhado-escuro. A textura é granulosa e o sabor é de nozes e ervas. Há dois tipos de pecorino sardo, o doce (maturado de 20 a 60 dias, pesa de 1 kg a 2 kg e tem a massa branca e firme), com sabor delicado e não picante, e o maduro (maturado por até 1 ano), que é mais duro, seco e com textura bem granulosa. Seu sabor é salgado e picante.

Pecorino Toscano


Da região da Toscana, trata-se de um queijo duro produzido com leite cru de ovelha, tem forma cilíndrica e pesa de 1 kg a 3 kg. A casca varia do palha até o castanho, podendo chegar ao preto (pecorino toscano crosta nero). Entre os pecorinos é o menor e o que tem maturação mais rápida. Quando jovem, o pecorino toscano é frutado, aromático, com textura flexível e sabor de nozes e caramelo.

Queijo Grana
Grana é o nome genérico dos queijos duros e granulosos que tiveram origem no Vale do Rio Pó, na época do Império Romano. Trata-se de um queijo frutado, de sabor excelente e que deve ser maturado por pelo menos 12 meses. Os granas mais famosos (protegidos pela DO – denominação de origem) são o Grana Padano e o Parmiggiano Reggiano. Tanto um como outro são conhecidos no Brasil como parmesão.


Grana Padano




Proveniente de Piemonte, Lombardia, Emilia Romagna, Veneto e Trentino, o grana padano é um queijo duro, elaborado com leite cru de vaca e tem a forma de um tambor pesando de 24 kg a 40 kg. Apresenta uma casca muito dura, de cor amarelo forte, de textura lisa, grossa e normalmente oleosa. O grana padano deve ter um gosto fresco frutado e doce (lembrando abacaxi). Um verdadeiro g rana padano e em boas condições de armazenamento deve ter um gosto suave e jamais ser amargo. A parte interna do queijo deve ter uma cor amarelo-claro e de textura dura, armazenado em condições.


Queijo Parmesão Parmiggiano



O parmesão é feito de leite de vaca coletado imediatamente após a ordenha e parcialmente desnatado pela gravidade. Originário de Modena, Parma, Reggio Emilia, zonas de Bolonha e Mântua, é um queijo duro elaborado com leite cru de vaca e tem a forma de um tambor pesando de 24 kg a 40 kg. O controle de qualidade é tão grande, que as vacas que produzem o leite para a sua produção só podem alimentar-se de grama fresca, feno ou alfafa. Dessa maneira, garante-se um queijo de excelente qualidade. Apresenta uma casca muito dura, grossa, brilhante e tem uma cor que vai do amarelo ao alaranjado.  O parmiggiano reggiano tem um aroma doce e frutado (lembrando abacaxi). Tem um sabor forte robusto, encorpado e rico, mas jamais demasiadamente forte. Pode ser guardado durante meses e meses na geladeira. Queijo de mesa, servido em lascas como entrada. Ralado ou em lascas, entra em molhos massas, risotos, sopas e saladas. Poder ser ralado e guardado no congelador (é melhor do que comprar o queijo ralado industrializado, que nem sempre tem um sabor agradável.


Queijo Mussarela


A Mussarela é um queijo fresco italiano feito de leite de búfala ou de vaca.  Feita com leite de vaca, é comercializada sem curar. Tem sabor mais acentuado e menos delicado do que a mussarela de búfala, sendo também menos macia. Tem vários tamanhos e formatos. É comum ser vendida mergulhada no soro, quando apresenta textura elástica e é bem mais macia, mas pode ser encontrada de outras maneiras. Por tratar-se de um queijo fresco deve ser consumido em poucos dias. Quando a mussarela de búfala é defumada recebe o nome de mussarela affumicata (em italiano). Devido ao elevado teor de água, a mussarela absorve facilmente os sabores de outros ingredientes e temperos. Sua textura macia rende pratos interessantes. Pode ser temperada com ervas e azeite de oliva e servida com pão, em saladas e em pizzas e para gratinar.
Estudar e pesquisar sobre os queijos nos leva também a conhecer um pouco da história de cada região e os diferentes aspectos na produção de cada tipo, seja a forma de preparo, seja o clima, seja o leite utilizado, seja o tempo de cura. Cada um destes elementos tem um papel fundamental que vai influir diretamente no tipo e na qualidade do produto. Agora é só provar, conferir se o divórcio com o vinho realmente tem razão, e testemunhar esse novo casamento com as cervejas. Bom apetite.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Escolhendo tubérculos e legumes.

Estive ausente por diversos motivos: viagem, férias, e outros que me impossibilitaram de escrever. Mas retomo as atividades e tentarei ser mais constante. Hoje vou me refeirr um pouco a missão de ir à feira para a compra de frutas, legumes, tubérculos e especiarias. Esse deve ser um dever de casa de todo chef, conhecer seus fornecedores, e acima de tudo conhecer seus ingredientes.

Para uma boa preparação precisamos de bons ingredientes. No caso de verduras, legumes e tubérculos, 
acima de tudo, precisamos conhecer bem cada produto e suas características para fazer uma escolha certa e também para saber como combiná-los entre si. Fora isso há sempre os conselhos comuns e úteis: escolher produtos frescos, que esteja firmes com cor brilhante.

TUBÉRCULOS

Os tubérculos são as raízes mais grossas de certas plantas, onde se encontram as reservas energéticas, sendo assim muito úteis do ponto de vista nutricional. Os tubérculos concentram grandes quantidades de nutrientes energéticos e benéficos ao organismo humano. Com uma grande variedade de tipos, diversos deles são usados na culinária. São considerados tubérculos alimentos como mandioca, batata, batata salsa, inhame, rabanete, cenoura, beterraba e nabo. Cada um deles tem quantidades variadas de vitaminas, carboidratos e sais minerais.

LEGUMES

Os legumes são os frutos em forma de vagem das plantas leguminosas, mais propriamente das suas sementes. Estas vagens podem, na verdade, ser consumidas inteiras, como acontece, por exemplo, com o feijão verde, mas neste caso classificam-se entre as hortaliças. Quando se fala de legumes, procura-se referir concretamente às sementes que se extraem das vagens e que, depois, se deixam secar, de modo a favorecer a sua conservação (como por exemplo, feijão, grão, ervilhas, lentilhas, sementes de soja).

Existem inúmeras variedades, cada uma com as suas qualidades alimentares específicas, mas no conjunto, os legumes apresentam algumas características comuns. Estas sementes são ricas em hidratos de carbono complexos, pois contêm tantos amidos como os grãos de cereais. Para além disso, também têm uma percentagem significativa de proteínas e, em menor proporção, de gorduras, vitaminas do grupo B e minerais importantes na alimentação humana, como o ferro e o cálcio.

Abaixo alguns tubérculos e legumes e suas cartacrterísticas.

Abobrinha italiana    












Cor – listrada, verde escuro e verde claro, 
Formato  - alongado, com casca lisa e brilhante
Textura – macia mas firme e consistente
Aroma – agradável quase inodor
Sabor – suave
   
Alho
  











Cor – rosa claro, ou palha
Formato  - em flor  quando fechado
Textura – média/dura
Aroma – forte
Sabor – forte e picante quando cru, e adocicado quando cozido     ou  assado.
Alho poro








Cor – branca e verde
Formato  - cilíndrico
Textura – mácia
Aroma – suave/inodor
Sabor – suave

Batata

Cor – amarelo claro,
Formato  - oval
Textura – média
Aroma – inodor
Sabor – suave

 Berinjela
Cor – casca roxa, polpa branca
Formato  - oval comprido,
Textura – macia
Aroma – inodor
Sabor – suave

Beterraba

Cor – vermelho escuro
Formato  - arredondado
Textura – média/dura
Aroma – inodor
Sabor – suave, adocicado.

Cenoura
Cor – laranja
Formato  - cilíndrico
Textura – dura
Aroma – inodor
Sabor – suave, meio adocicado

Couve de Bruxelas
Cor – branca
Formato  - em forma de flor
Textura – macia
Aroma – suave
Sabor – suave

Couve Flor
Cor – branca
Formato  - em forma de flor
Textura – macia
Aroma – suave
Sabor – suave

Endívia
Cor – branco e verde claro nas pontas
Formato  - oval, comprido
Textura – macia
Aroma – suave
Sabor – forte

Ervilha torta

Cor – verde
Formato  - comprido
Textura – macia
Aroma – suave
Sabor – suave, delicado

Espinafre
Cor – verde escuro
Formato  - triangular
Textura – macia, delicada
Aroma – suave
Sabor – forte

Gengibre
Cor – marrom, escuro e claro
Formato  - irregular
Textura – dura
Aroma – odor aromático
Sabor – forte, picante

Mandioca
Cor – casca marrom, polpa branca
Formato - cilíndrico
Textura – dura
Aroma – inodor
Sabor – suave

Tomate Cereja
Cor – vermelho vivo
Formato  - redondo ou oval
Textura – macia, delicada
Aroma – suave
Sabor – suave, adocicado

Boas Compras!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Azeitona - crise grega ameaça produção dessa iguaria

Hoje resolvi escrever sobre a azeitona. Por três motivos: por ser simplesmente saborosa, ter uma infinidade de utilizações medicinais e por correr risco de produção. Uma forte crise mercadológica desistimula os produtores gregos.

As azeitonas são para os gregos o que a cerveja é para os alemães: um tesouro culinário nacional que inspira orgulho e faz parte da identidade nacional. A azeitona é a principal exportação da Grécia e é central para sua identidade nacional. Mas os preços estão despencando em meio à crise e os agricultores lutam para sobrevier.


Para os gregos, as azeitonas são muito mais que um simples produto agrícola. O país produz quase 2 bilhões de toneladas da fruta anualmente e é a principal exportação do país. As azeitonas são para os gregos o que a cerveja é para os alemães: um tesouro culinário nacional que inspira orgulho e faz parte da identidade nacional. A azeitona é algo que une os gregos - mas também está passando por uma séria crise.
O problema é que os comerciantes não apreciam mais o verdadeiro valor do alimento. Em vez disso,  só se importam com os lucros, empurrando cada vez mais para baixo o preço pago ao fazendeiro. Alguns anos atrás, o produtor costumava ganhar 3 euros por quilo de azeitonas. Hoje ele recebe no máximo 2 euros por quilo e às vezes somente 1,50. Essas mesmas azeitonas, são vendidas nos supermercados de por 9 euros o quilo. Isso tem irritado muito os agricultores.


A Azeitona
Azeitona é o fruto de uma árvore da família das oleáceas que congrega mais de 30 espécies diferentes. A mais conhecida delas é a Olea europea, ou simplesmente oliveira - uma árvore baixa, frondosa, com várias ramas e de troncos retorcidos. A principal característica da oliveira é o seu período de vida, um dos maiores no reino vegetal.

Na Espanha, elas alcançam, em média, 300 anos a 400 anos. Algumas chegam até 700 anos. A mais velha delas encontra-se em Atenas, capital da Grécia, e tem mais de 1.200 anos. A oliveira é conhecida como a árvore da eternidade e por isso mesmo não pode ser plantada em qualquer lugar. Uma escolha errada significa problema para o resto da vida, porque ela demora 40 anos para alcançar a maturidade. Em condições normais, cada pé de oliva produz de 15 kg a 50 kg de azeitonas. E para produzir 1 litro de azeite são necessários 5 kg do fruto.


Mas a azeitona na dá só o azeite, ela também tem muitas propriedades medicinais que poucos sabem. Assim sendo vou me debruçar um pouco mais sobre este aspecto. Veja do que uma azeitona é composta e confira suas propriedades medicinais:

Composição Química:
Calorias, água, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, sais, vitamina A,B1,B2,C, potássio, sódio, cálcio, fósforo, silício, magnésio, cloro, e ferro.

Uso medicinal :
- A azeitona é um alimento excelente para os órgãos internos. Recomenda-se contra a asma, tuberculose e outras afecções do peito. As pretas são preferíveis as verdes.
- Excitante alimentar poderoso, a azeitona faz bem para o fígado.
- Vários médicos receitam a água das latas de azeitona em casos de envenenamentos. Cura também a embriaguez alcoólica.
- Em casos de congestão cerebral, recomenda-se ferver um punhado de azeitonas em um litro de água do cozimento em clister.
- Nas queimaduras aplica-se, com bons resultados, a polpa da azeitona amassada. O azeite de oliva também é muito benéfico nas queimaduras. Batem-se duas colheres de azeite com uma clara de ovo e aplicá-se essa mistura. Renova-se a aplicação periodicamente.
- Em maceração com alho, o azeite de oliva é um grande desinfetante do aparelho digestivo (uso interno) e um remédio para as dermatoses (uso externo). Nos casos de úlcera gástrica, dispepsia, colite mucomembrasosa, intoxicações pelo chumbo, dá resultados excelentes. Não deve, porém, usar-se nas intoxicações pelo fósforo e pelo iodo.
- Para expulsar espinhas, ossos ou qualquer outro corpo duro que fique preso na garganta, toma-se bastante azeite para provocar náuseas e vômitos. É nas cólicas hepáticas e nos cálculos biliares que o azeite de oliva tem sido usado com grande êxito.  Para estes casos podem ingerir-se progressivamente de 100 até 200 gramas de azeite com suco de limão, em jejum. Começa-se com 50 gramas e vai-se aumentando a quantidade em 25 gramas cada vez que se toma, até que se chegue aos 200 gramas, e depois suspende-se por 15 dias para evitar o fastio. Este simples remédio precipitará a expulsão dos cálculos. 


- Hoje se emprega o azeite  de oliva como reconstituinte e tônico, em diversas afecções, particularmente na tuberculose.
- Na cólera dá bons resultados, pois combate magnificamente as diarréias originadas por esta enfermidade.
- Contra a estranguria e as cólicas nefríticas, dá excelentes resultados o azeite de oliva com gema de ovo e suco de limão, tudo emulsionado.
- Como vermífugo usa-se também com bom êxito.
- Contra a afonia e as inflamações da garganta, fazem-se gargarejos com a emulsão de azeite, gema de ovo e suco de limão, bem batidos.
- Contra  a hodropsia renal, são eficazes as fricções ou as compressas com puro azeite de oliva quente.Também dá bons resultados, nas dores reumáticas, a fricção com azeite quente.
- Em caso de convalescença da escarlatina. é bom aplicar fricções com azeite de oliva.
- Contra a erisipela não há nada melhor.
- Quando aparecem dores musculares provocadas por resfriamento, ou inchações dolorosas , friccionam-se com azeite, as partes afetadas.
- Erupções cutâneas, provenientes de impurezas sanguíneas,desaparecem com a aplicação de azeite quente.
- Na otite e na otalgia aplicam-se gotas de azeite no ouvido.
- O suco fresco das folhas da oliveira é excelente remédio contra a diarréia, a disenteria e a leucorréia. Dose: uma colherada.


- Em casos de ferimento, esse  suco age como cicatrizante. Na supuração dos ouvidos, introduzem-se diariamente três gotas.
- Contra o reumatismo, a gota e a hipertensão arterial, usá-se o decocto das folhas.
Dose: 30 gramas para um litro de água. Ferve-se até que a água fique reduzida para a metade. Toma-se uma ou duas xícaras por dia.
- As folhas verdes, mastigadas de manhã, em jejum, são úteis na gengivite e nas inflamações da boca em geral.
- A infusão das folhas e da casca do tronco tem efeitos febrífugos e vermífugos e serve também contra feridas e chagas.
- Cataplasmas de folhas secas, bem amassadas, misturadas com melado, combatem a sarna, a erisipela, as chagas, o antraz, e as erupções cutâneas em geral.

Como podem ver a azeitona além de gostosa tem uma série de outras aplicações. Com tantas propriedades curativasé importante que produtores gregos superem  a crise e não parem de produzir.
FONTES:

quinta-feira, 7 de julho de 2011

E viva a cerveja - presente no Brasil, para ficar, desde 1808!!

Sexta - feira é dia de happy hour. Então que tal começar com uma cerveja?
Quem diria que a cerveja, presentre no Brasil desde 1808, desembarcou junto com a família, chegasse aos dias de hoje com tantas versões e inovações. Não é para menos que a bebida é preferida por 10 entre 10 brasileiros.
Resolvi falar sobre a cerveja  motivada pela Brasil Brau 2011 (11ª Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja), que terminou nesta quinta-feira e reuniu em São Paulo 30 microcervejarias brasileiras. Todas se dizem otimistas com o setor de cervejas artesanais no país e apostam em um forte crescimento para os próximos anos.  Foram dois dias de muitas degustações pois esta foi a primeira vez que o evento foi aberto ao público. O ingresso, de RS 30,00 davba dierito a algumas degustações, doses extras custavam R$ 3,00 cada.

Você já imaginou um mundo sem cerveja? Não seriam só suas happy hours que estariam comprometidas. Vários cientistas acreditam que a civilização poderia simplesmente não existir se o homem não tivesse inventado o pão... e a cerveja. Foi a descoberta da fermentação dos cereais – processo básico da fabricação desses dois alimentos – que incentivou o homem a abandonar a vida nômade de caçador e coletor e se reunir em comunidades agrícolas. Pela primeira vez, era possível comer e beber com prazer, já que o processo de fermentação era capaz de mascarar alguns sabores desagradáveis. Há 12 mil anos, isso foi um avanço e tanto.
Para falar da história da cerveja é preciso voltar no tempo, e muito. É preciso ir até 6.000 A.C. quando a bebida era considerada um presente dos deuses pelos povos da Mesopotâmia. Chegou até a ser objeto de oferenda às divindades que cultuavam. Hoje ela perdeu esse caráter místico, mas não deixou de reunir gente ao seu redor. Tanto que, depois da água e do chá, é a bebida mais popular do mundo. No Brasil, quinto maior produtor mundial, consomem-se hoje 10,91 bilhões de litro por ano
Se em 6.000 A.C. já era um ritual beber cerveja com os amigos, imaginem hoje quando temos cervejas aromatizadas até com jabuticaba, bacuri (fruto típico da Amazônia) e guaraná, entre outras combinações.
Quem não lembra da marchinha : “Vou beber,... beber... até cair, me da, me dá, oh... me dá ....”. Pois é, isso já existia lá pelos idos de dos antigos egípcios, onde  beber até cair era mais que um prazer pessoal. Todos os anos, era realizado o festival para a deusa Tefnuf, regado a muita comida, música e cerveja. Entre os egípcios, sair de uma festa caminhando com as próprias pernas era visto como maus modos, sinal de que o convidado não se divertira o suficiente. Pinturas de um túmulo de 4 mil anos encontrado em Beni-Hasan mostram dois homens completamente bêbados sendo carregados de um banquete e mulheres vomitando depois de uma ressaca brava.
Mas tudo começou com a descoberta da propriedade dos grãos da cevada e desenvolveu-se uma cerveja rudimentar, que servia até de moeda de troca. Em 1040 o mosteiro de Weihenstephan, na Alemanha, consegue licença para produzir cerveja comercialmente, o que acontece até hoje e esta é a cervejaria mais antiga do mundo. A partir de 1400 adicionam o lúpulo, que dá o sabor amargo e ajuda a conservar a bebida.
Em 1516 a Lei da Pureza na Baviera, Alemanha, padroniza o processo local de fabricação: só água, cevada e lúpulo. A primeira entrada da cerveja no Brasil foi em 1645 com os holandeses que a levaram embora em 1654 quando foram embora. A bebida só reaparece em 1808 com a vinda da Família real. As duas primeiras cervejarias brasileiras (Brahma e Antártica) sugiram em 1888 e de lá para cá só fizeram história.


 Se a bebida não era exatamente a mesma de hoje, o comportamento social dos bebedores não mudou tanto assim. Há 4 600 anos, o ministro egípcio Kagmeni se viu obrigado a bolar a primeira campanha de consumo consciente. "Um copo de água sacia a sede" era um dos slogans que tentavam doutrinar os boêmios adeptos dos copos. Constantemente bêbados, celtas, vikings e saxões eram capazes de brigar com os próprios companheiros depois de vencerem uma guerra.
Não há dados recentes sobre o mercado de cervejas no Brasil, entretanto, segundo dados do  Sindicato |Nacional da Indústria da Ceerveja, existem 180 empresas no segmento das microcervejarias, que movimentam quase R$ 2 bilhões. O consumo per capita em 2009 ficou em 57 litros, alta de 14% na comparação com 2000 (49 litros).
A forma mais comum de consumir cerveja no Brasil é em garrafas de 600 ml, e 66% das vendas foram dessa maneira. Depois vêm as latas (27%), o chope (3%) e as garrafas “long neck” (3%).
Considerando o consumo per capita de 2008 (quando cada brasileiro bebeu, em média, 55 litros), o Brasil ficou em 24º em um ranking feito com 29 países, empatado com Japão e Ucrânia.
 Os brasileiros só bebem mais cerveja que os argentinos (40 litros), franceses (36) e chineses (18). Os campeões mundiais são os tchecos com 160 litros, o que significa quase meio litro por dia.


Mas atenção: se beber não dirija.

FONTES: